
Alfred Hitchcock e os Bastidores de Psicose é um livro super interessante. Para amantes de cinema mais ainda! O autor fez um apanhado de como foi a produção do filme. Para isso, entrevistou o elenco, os cinegrafistas, o roteirista, a figurinista, o compositor, a maquiadora, o editor de montagem (todo a galera mesmo) e até o autor do livro Psicose.
O dono dessa grande pesquisa, Stephen Rebello, é escritor, roteirista e, por incrível que pareça, ex-terapeuta clínico. A ideia do livro surgiu quando no início da década de 1980, o jovem Stephen entrevistou o já velhinho Hitchcook, e por lá, conversaram horrores sobre Psicose. Um ano depois, o diretor morre, e Stephen se dá conta que seria importante resgatar como foi a produção desse filme que entrou para a história do cinema. E claro, antes que toda a galera responsável por isso fosse para um plano maior. Obrigada Stephen!
#COMPARANDO & VICE CONVERSA
FICHA DO LIVRO | FICHA DO FILME | |
Título | Alfred Hitchcock e os Bastidores de Psicose | Hitchcock |
Título Original | Alfred Hitchcock and the Making of Psycho | Hitchcock |
Lançamento | 1990 | Edição Brasil 2013 | 2012 |
Autor/Diretor | Stephen Rebello | Sacha Gervasi |
Classificação | Biografia | Biografia |
Editora/Estúdio | Intríseca | Fox Filmes |
Páginas/Duração | 256 | 1h38min |
Avaliação | ★★★★ | ★★ |
Logo, essas entrevistas renderam muito conteúdo. Não faltou detalhes de como o assassino Ed Gein (medo) inspirou o escritor Robert Bloch a escrever Psicose. Também, a relação para lá de estranha que o Hitchcock tinha com suas atrizes preferidas. Além de ressaltar como o diretor era exigente para que cada detalhe da produção ficasse perfeito! Um mestre, convenhamos. As artimanhas para divulgar o filme não ficaram de fora. E são ótimas, como o assustador trailer estrelado por Hitchcock, dá uma olhada:
"Psicose começou a ser citado na discussão de problemas sérios e frívolo: o aumento da criminalidade; a queda nas vendas de cortinas de chuveiro opacas; a alarmante ascensão da violência, em especial contra as mulheres; a redução de hóspedes em motéis."
O longa, denominado somente Hitchcock, foi dirigido pelo britânico Sacha Gervasi, o mesmo de O terminal (2004). O filme é bom. No entanto, de muitas maneiras, não tem nada a ver com o livro de Rebello. O roteirista John McLaughlin adicionou, principalmente, a presença constante de Alma Hitchcook, esposa de Alfred, que mal é mencionada no livro. E mais, a forma como o roteirista Joseph Stefano é apresentado (tipo um boca aberta) não tem nada a ver mesmo. Confere o trailer:
Tirando as imensas diferenças da adaptação cinematográfica, as atuações, e principalmente, as caracterizações dos personagens estão muito boas. Anthony Hopkins está meio durão, mas ficou bem parecido com o Hitch, né? Gostei. Atrizes como Helen Mirren, como Alma Hichcock, e Scarlett Johansson, como Janet Leigh (a atriz que morre no chuveiro), marcam seus espaços.
![]() |
Anthony Hopkins à esquerda, Hitchcook à direita. O pessoal da maquiagem caprichou! |
Dessa vez, confesso, o livro é muito melhor que o filme. Agora, partiu ler Hitchcock/Truffaut, porque tem documentário para 2015!
Beijos e Abraços,
Bruna
0 comentários:
Postar um comentário