O Doador de Memórias



Imagina o mundo perfeito: não existem guerras, ódio, racismo, diferenças. Só que, você não pode pensar, questionar, se apaixonar, gerar uma criança, ter ou ler livros (dos bons). Este mundo foi idealizado por Lois Lowry em seu livro O Doador de Memórias - adaptado em 2014 para o cinema. 

Neste futuro não muito distante, a sociedade é completamente diferente da atual. Ao completar 12 anos, os jovens são direcionados para as suas futuras profissões. Jonas é selecionado para ser o novo Receptor de Memórias, ou seja, a pessoa que tem a responsabilidade de guardar as lembranças do passado - sejam essas maravilhosas ou não. O Doador, responsável por passar essas informações, está esgotado por carregar esse fardo, e vai incentivar umas tretas aí. E é a partir daqui que a coisa toda deslancha: Jonas descobre um mundo novo, cheio de descobertas e questionamentos. 

Jonas, o Recebedor de Memórias, na biblioteca do Doador
Lois Lowry é uma escritora americana com mais de trinta livros infanto-juvenis no currículo, além de diferentes prêmios e honrarias. É reconhecida por escrever sobre temas como: racismo, doença terminal, assassinato, holocausto, entre outros. O Doador de Memórias foi lançado em 1993 e vendeu milhões de cópias. Este é o primeiro livro de uma série de quatro volumes – com protagonistas diferentes, mas dentro da mesma história futurista, são eles: A Escolhida (2000), Messenger (2004) e Son (2012), os dois últimos não encontrei edições em português.

#COMPARANDO & VICE CONVERSA


FICHA DO LIVRO

FICHA DO FILME

TítuloO Doador de MemóriasO Doador de Memórias
Título OriginalThe GiverThe Giver
Lançamento1994 | Edição Brasil 20142014
Autor/DiretorLois LowryPhillip Noyce
ClassificaçãoFicção científica, DramaFicção científica, Drama
Editora/EstúdioArqueiroParis Filmes
Páginas/Duração2241h37min
Avaliação★★★★★★

Phillip Noyce, o diretor, é um australiano que já passou pelo blog quando falei sobre O Colecionador de Ossos. Confere aqui. O roteiro ficou para Michael Mitnick, americano multitarefado que compõe músicas também. No elenco temos grandes estrelas: Jeff Bridges como o Doador e Meryl Streep como a Anciã Chefe, a líder da tribo. Ah, a Taylor Swift fez a Rosemary, uma jovem que tentou ser recebedora de memórias, mas não aguentou o tranco e pediu para sair.

O elenco: Taylor, Jeff e Meryl
O livro, um infanto-juvenil, tem uma leitura leve e cheia de pequenos ensinamentos. Essa nova realidade foi muito bem construída por Lois. Ótima opção de iniciar a garotada no mundo das distopias. O filme foi muito bem adaptado, só que o Jonas não tem 12 anos, claro. As cenas das lembranças são lindas: daquelas que precisamos para dar valor para as pequenas coisas: um sorriso, o vento, o sol. E a sensibilidade de fazer o filme em preto e branco e as cores irem aparecendo conforme os descobrimentos de Jonas? Gostei! Confiram o trailer:



O que temos de interessante nesse mundo futurista: A não ser livros escolares/didáticos, outros estilos são desconhecidos. As famílias são programadas, você solicita uma esposa ou um marido e filhos para a sua unidade familiar (hum?). Ninguém é mãe por legitima vontade, você pede a criança e a profissional parideira gera ela para ti. E se o nenê nasce com problema? Ele morre. :O E sim, como uma boa distopia, você precisa se drogar todos os dias para não sentir determinadas emoções. O lado bom? Quando você completa 9 anos você ganha uma bicicleta! uhuuu.

Então, se você nunca leu uma distopia é uma ótima maneira de começar, se você é fã, nada de preconceitos, não é livro para criança! Aproveita e se atualiza nas leituras.

Beijos e Abraço,
Bruna

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