Em 2015, completa-se 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. Uma batalha devastadora, que deixou milhões de mortos, e uma triste cicatriz: o holocausto. Desde 1945, não tivemos mais conflitos nessas proporções, mas não deixamos de fazer guerras mundo a fora. Por essa razão, separei algumas histórias para lembramos como o ser humano pode ser malvado. Começando com A Chave de Sarah, um livro francês, sobre um episódio que a França não gosta de lembrar.
Para iniciar: o livro é bom, sucinto, triste. Intercala duas histórias, a de Sarah (a dona da chave), em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial. E a de Julia, uma jornalista americana que vive na França e é contratada para cobrir as comemorações do 60° aniversário do Vel d'Hiv, em 2002.
Abre parênteses: o Vel d'Hiv foi um episódio triste e pouco conhecido pelo povo francês. No verão de 1942, a França promoveu a prisão de 13 mil judeus parisienses. Estes foram aprisionados no Vélodrome d'Hiver, uma arena de ciclismo. Ali, eles ficaram alguns dias em condições muito precárias, depois, foram enviados de trem para campos de concetração, entre esses, o de Auschwitz. Poucos voltaram com vida. O velódromo foi demolido em 1959. Fecha parênteses.
#COMPARANDO & VICE CONVERSA
FICHA DO LIVRO | FICHA DO FILME | |
Título | A Chave de Sarah | A Chave de Sarah |
Título Original | Elle s'appelait Sarah | Elle s'appelait Sarah |
Lançamento | 2007 | Edição Brasil 2008 | 2010 |
Autor/Diretor | Tatiana de Rosnay | Gilles Paquet-Brenner |
Classificação | Drama, Guerra | Drama, Guerra |
Editora/Estúdio | Suma de Letras | The Weinstein Company | Studio 37 |
Páginas/Duração | 312 | 1h51min |
Avaliação | ★★★ | ★★★ |
Sarah é uma garotinha judia que junto com seus pais é arrastada para o velódromo. No entanto, antes de sair de casa, acreditando que logo voltaria, Sarah deixa o seu irmão Michel trancado dentro de um armário. Consigo, leva a chave. Desse momento em diante, é uma busca tensa para encontrar uma maneira de resgatar o pequeno Michel. Além da pesquisa sobre o Vel d'Hiv, as vidas de Julia e Sarah se intercalam de outra maneira. Há! Agora, tem que ler, ou ver. :P
A francesa Tatiana de Rosnay, além de escritora, é jornalista e crítica literária. Já publicou treze romances. A Chave de Sarah, 2007, vendeu cinco milhões de cópias. Em 2010, ela foi considerada uma das melhores romancistas francesas. Que honra!
No filme, a atuação da pequena Mélusine Mayance como Sarah está ótima. Ela rouba a cena. A veterana Kristin Scott Thomas (indicada ao Oscar por sua atuação em O Paciente Inglês) não deixa a desejar, e faz Julia como uma mulher decidida e persistente. Confiram o trailer:
A direção e o roteiro (este em parceria com o escritor Serge Joncour) ficaram por conta do francês Gilles Paquet-Brenner. A Chave de Sarah é o seu filme mais popular e premiado. Está para ser lançado Lugares Escuros – adaptado do livro de Gillian Flynn (escritora de Garota Exemplar), longa que Gilles também roteirizou e dirigiu. Estamos no aguardo.
Tanto o livro quanto o filme fisgam o nosso coração, são diferentes surpresas (algumas boas, outras nem tanto) e personagens encantadores - destaque para o velhinho querido Jules, interpretado por Niels Arestrup (fofíssimo também em O Cavalo de Guerra). Fiquei a todo instante esperando qual seria o final. E para variar, temos um no livro, melhor, e outro no filme, adaptado. Tenho que admitir que me surpreendi. Lê antes, mas não deixe de ver o filme.
Gosta de histórias sobre a Segunda Guerra Mundial? Fica atento aqui no blog, vem mais dica boa por aí.
Beijos e abraços
Bruna
Adorei a dica Bruna! Não conhecia o livro nem o filme é o trailer já me conquistou, vou procurar assisti-lo.
ResponderExcluirwww.wonderbooksdaalice.com
Olá Alice! Obrigada pela visita, que bom que gostou da dica, o livro e o filme são ótimos! Volta para contar o que vc achou.
ExcluirTe aguardo.
Beijos e Abraços,
Bruna